Uma adolescente de 17 anos está sendo investigada pela 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) de Brasília após ser acusada de forçar um aborto, asfixiar o bebê prematuro e descartá-lo em um lixão. O caso veio à tona após uma denúncia recebida pelos policiais no último domingo (6/7), que levou à localização da jovem na casa de uma tia. A investigação está em andamento, e o crime chocou a comunidade.
O Caso e a Apuração
A adolescente estava grávida de seis meses quando, segundo as autoridades, decidiu realizar o aborto. Durante o processo, ela filmou o procedimento com seu celular, que foi uma das provas-chave do caso. A jovem afirmou que aguardou a viagem dos pais para cometer o ato, o que demonstra uma ação premeditada. Após o aborto, a menina asfixiou o bebê, já prematuro, e o descartou em um lixão. Os vídeos que mostram o aborto e a morte do bebê foram registrados em abril de 2024.
Embora a data exata do incidente ainda esteja sob investigação, os policiais conseguiram confirmar que o aborto foi forçado e que a adolescente teve a intenção de ocultar o ocorrido. O fato de a jovem ter filmado o procedimento agrava ainda mais o caso, que gerou grande repercussão nas redes sociais e nos meios de comunicação.
A Confissão e o Motivo
Durante o interrogatório, a jovem inicialmente negou que tenha causado a morte do bebê. No entanto, após uma conversa com os policiais, ela confessou o aborto e revelou que usou um medicamento abortivo, que foi misturado a uma pomada vaginal. De acordo com a jovem, o bebê foi expelido vivo, mas não resistiu à asfixia causada pela adolescente.
Em depoimento, a menina afirmou que o motivo que a levou a praticar o aborto foi o término de seu namoro, que teria ocorrido pouco antes do ocorrido. Ela disse aos policiais que, após ser abandonada pelo namorado, tomou a decisão de interromper a gestação. Embora o motivo emocional seja citado, a gravidade do ato e as consequências legais são claras.
Localização do Corpo e Investigações
Após o aborto, a adolescente descartou o corpo do bebê em um lixão, mas, até o momento, os policiais não conseguiram localizar os restos mortais do recém-nascido. A investigação está focada em identificar o local exato onde o corpo foi jogado, o que tem sido uma dificuldade devido ao grande número de pontos de descarte de lixo na região.
A jovem foi levada à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA), onde foi aberto um procedimento apuratório de ato infracional (PAAI). Como o ato não ocorreu em flagrante, a adolescente não foi apreendida. Ela foi entregue ao Conselho Tutelar, enquanto as investigações continuam para esclarecer os detalhes do crime.
Desdobramentos e Repercussão
Esse caso levanta questões sérias sobre a vulnerabilidade emocional de adolescentes, principalmente em relação a relacionamentos afetivos e pressões psicológicas que podem levar a decisões drásticas. A gravidade do ato e a forma como a adolescente se livrou do corpo do bebê geraram um forte impacto na sociedade, refletindo a necessidade de se discutir amplamente o apoio emocional e psicológico para jovens em situações de crise.
A polícia continua seu trabalho de investigação, buscando evidências adicionais que ajudem a identificar o local de descarte do corpo do bebê e outras informações que possam esclarecer os motivos por trás da decisão da adolescente.
Próximos Passos
As investigações seguem em andamento, e a polícia especializada está focada em localizar o corpo do bebê e garantir que a adolescente seja responsabilizada pelo ato cometido. As autoridades também estão trabalhando com os serviços de apoio psicológico e social para garantir que a jovem receba o suporte necessário, considerando seu estado emocional e as circunstâncias do caso.
O caso continua a ser tratado com seriedade pelas autoridades, que buscam justiça para o bebê e para a sociedade, ressaltando a importância da educação emocional e do apoio psicológico para prevenir que situações como essa voltem a ocorrer.
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Imagem ilustrativa de mulher grávida – Divulgação