A prisão de Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, ganhou novos desdobramentos nesta quinta-feira (13), quando a suspeita confessou em depoimento à polícia que cometeu o crime de forma premeditada e que agiu sozinha. Ela é acusada de matar a jovem Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, após um encontro na casa de um irmão de Nataly, no bairro Jardim Florianópolis, em Cuiabá, na última quarta-feira (12).
Em depoimento, Nataly revelou que havia perdido um bebê há seis meses e, desde então, mantinha uma mentira sobre sua gestação. “Eu queria ficar com o bebê para mim”, afirmou à polícia. Ela também relatou que, após sua perda gestacional, passou a procurar mulheres que pudessem doar suas crianças, utilizando grupos de mães para estabelecer contato. Quando encontrou Emilly, identificou nela a oportunidade de realizar seu desejo de ter outro filho. A mulher já tem três filhos biológicos.
De acordo com Nataly, ela e a vítima se conheceram por meio de um grupo de mães, conversaram por algum tempo e marcaram o encontro para a entrega de roupas para o bebê, o que motivou o deslocamento de Emilly até sua casa. No depoimento, a suspeita disse que preparou o terreno para o crime: “Eu abri a cova no dia anterior, sabia que ela viria e pensei em desistir, mas como explicaria o buraco que havia feito?”, confessou.
No momento em que Emilly chegou à residência, as duas conversaram por cerca de 40 minutos, e a acusada ofereceu água e refrigerante à vítima. Enquanto Emilly estava distraída, examinando as roupas que haviam sido doadas, Nataly a atacou com um fio de telefone, enforcando-a até a morte. A jovem foi agredida de forma brutal, e, após o crime, Nataly retirou o bebê de sua barriga e o levou para casa, onde tentou ocultar o cadáver.
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Emilly foi encontrada enterrada nos fundos da casa da acusada. A polícia detalhou que a vítima estava viva quando o bebê foi removido, mas, infelizmente, a jovem sangrou até morrer. A investigação está em andamento, e a acusada permanece presa enquanto as autoridades apuram mais detalhes sobre o caso.
Este é um crime que chocou a comunidade e trouxe à tona uma série de questões sobre segurança, saúde e direitos das mulheres. A polícia está avaliando todas as provas para formalizar a acusação e garantir a responsabilização completa dos envolvidos.