Michelangelo Barroso foi condenado na última quarta-feira, 12 de março de 2025, a 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por estuprar Liliane Rodrigues, conhecida como Lili, ex-candidata a vice-prefeita de Porto Velho. O crime, que ocorreu nas vésperas das eleições municipais de 2024, causou grande comoção e gerou indignação na cidade e no cenário político.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), além da pena de prisão, o réu foi condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 10 mil à vítima. O processo foi mantido em sigilo, e o réu, que aguardava a sentença preso, não teve o direito de recorrer em liberdade. Seu advogado inicial se retirou do caso, e uma nova defesa ainda não foi encontrada.
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O caso ocorreu no dia 4 de outubro de 2024, quando Liliane estava em uma reunião política na casa de sua namorada, onde apoiava um candidato a vereador. Após o encontro, Liliane se deitou em um dos quartos e adormeceu. Nesse momento, foi surpreendida por Michelangelo, que se aproveitou da situação para cometer o crime. Quando Liliane percebeu o que estava acontecendo, ela conseguiu fugir e, após muito sofrimento, registrou a denúncia.
Liliane, que estava em plena campanha eleitoral e era presidente do PSOL de Porto Velho, expôs publicamente o ocorrido nas redes sociais antes das eleições. “Desde aquele dia, minha vida virou um caos. Relembrar tudo isso ainda é muito doloroso para mim. Estou em tratamento psiquiátrico, tentando superar o que aconteceu e seguir minha vida”, declarou Liliane sobre os impactos do crime em sua saúde mental.
O caso expôs, mais uma vez, a violência contra as mulheres e reforçou a importância de denunciar os agressores, além de ressaltar a necessidade de um sistema de justiça eficaz para lidar com esses crimes. A condenação de Michelangelo Barroso é uma medida de justiça para Liliane, que agora busca, por meio do processo, superar os danos causados e continuar sua vida com mais força e dignidade.