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Mercado financeiro eleva previsão de inflação para 2025 pela 19ª vez consecutiva

Boletim Focus do Banco Central aponta IPCA de 5,65% este ano; projeções para 2026, 2027 e 2028 também sobem

Por Jornal Rondônia

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O mercado financeiro voltou a elevar a previsão de inflação para 2025. Segundo o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (24) pelo Banco Central (BC), a projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – subiu de 5,6% para 5,65%. Este é o 19º aumento consecutivo na expectativa para o indicador.

O Boletim Focus é uma pesquisa semanal realizada pelo Banco Central com instituições financeiras, reunindo as principais projeções econômicas do mercado. Além de revisar a previsão para 2025, o relatório também trouxe novos números para os próximos anos.

Previsões para os próximos anos
  • 2026: a expectativa de inflação passou de 4,35% para 4,4%;
  • 2027: a projeção foi mantida em 4%;
  • 2028: a estimativa subiu ligeiramente para 3,79%.

Os ajustes nas previsões refletem as incertezas econômicas e os desafios do cenário macroeconômico, que têm impactado os preços de produtos e serviços no país.

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Meta de inflação e impacto na economia

Para 2025, a meta central de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, o IPCA pode variar entre 1,5% e 4,5%. Com a projeção atual de 5,65%, a inflação esperada ultrapassa o teto da meta, o que aumenta a preocupação com o poder de compra da população e impacta diretamente as decisões de política monetária do Banco Central.

Reflexos na taxa de juros

A alta na expectativa de inflação influencia diretamente as decisões sobre a taxa básica de juros (Selic), que atualmente está em 12,75% ao ano. Para conter a inflação, o Banco Central pode optar por manter ou até aumentar a Selic, o que encarece o crédito para consumidores e empresas, afetando o crescimento econômico.

Perspectivas econômicas

O Boletim Focus desta semana reflete a cautela do mercado diante do cenário global instável e das pressões inflacionárias internas, como os preços dos combustíveis e a volatilidade do câmbio. Além disso, a expectativa de inflação elevada para os próximos anos pode impactar negociações salariais, taxas de financiamento e o custo de vida das famílias.

Especialistas recomendam cautela nos gastos e planejamento financeiro diante do cenário de incerteza econômica. O Banco Central continuará monitorando os indicadores para ajustar suas políticas monetárias com o objetivo de controlar a inflação e garantir a estabilidade econômica.

Foto: Sergio Moraes/Agência Brasil

Fonte: Jornal Rondônia