Megaoperação desmantela rede criminosa especializada em usura e lavagem de dinheiro

Ação coordenada pelo MPRO cumpre mandados em seis estados e bloqueia R$ 73,6 milhões em bens.

Por Jornal Rondônia

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Porto Velho foi palco, nesta sexta-feira (7), de uma grande operação policial deflagrada pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO) com apoio das polícias Militar e Civil. Batizada de “Soldados da Usura”, a ação teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em usura, extorsão, lavagem de dinheiro e outros crimes financeiros.

Um dos principais alvos da operação foi o condomínio Morar Melhor, no bairro Aeroclube, na zona Sul da capital. No total, foram cumpridos nove mandados de prisão preventiva, 42 mandados de busca e apreensão e diversas medidas de bloqueio patrimonial. A justiça determinou o congelamento de bens e ativos financeiros que somam R$ 73,6 milhões, incluindo imóveis, veículos de luxo e empresas ligadas ao esquema criminoso.

A investigação, iniciada após uma denúncia da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, revelou um esquema sofisticado de empréstimos ilegais com juros abusivos. Os criminosos utilizavam ameaças, violência e armas de fogo para cobrar dívidas, expropriando patrimônios das vítimas. Posteriormente, os valores eram ocultados por meio de empresas fantasmas e laranjas, convertendo ativos ilícitos em lícitos.

As operações foram realizadas simultaneamente em seis estados: Rondônia, São Paulo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Acre. Mais de 200 agentes, incluindo promotores de justiça, delegados, peritos e policiais, participaram da ação. A investigação também identificou que parte dos recursos obtidos ilicitamente foi investida na construção de uma draga de extração de ouro no Rio Madeira, evidenciando o alcance da organização criminosa.

O MPRO destacou que há indícios de um número significativo de vítimas ainda não identificadas e pede que qualquer pessoa que tenha sido alvo da quadrilha procure as autoridades para registrar a denúncia. A operação segue em andamento, e novas fases podem ser deflagradas conforme o avanço das investigações.

Fonte: Jornal Rondônia

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