O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do Centro de Atividades Extrajudiciais (CAEX) e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim, com o apoio operacional da Polícia Civil do Estado de Rondônia (PCRO), iniciou nesta quinta-feira (25) a Operação Avatar, em Guajará-Mirim. O objetivo é executar 6 mandados de busca e apreensão, afastar 2 pessoas de seus cargos públicos e proibir o acesso a órgãos públicos municipais, bem como o contato dos investigados com vítimas e testemunhas. Essas medidas foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO).
A operação tem como propósito reunir evidências para instruir um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) em andamento no MPRO, com autorização e supervisão judicial do TJRO. O objetivo do PIC é investigar, entre outros aspectos, crimes como nomeação ilegal de servidor, usurpação de função pública, peculato-desvio, peculato de uso de bem público, falsidade ideológica, corrupção passiva, desacato e fraude processual, além de associação criminosa. Supostamente, esses crimes envolvem agentes políticos e servidores da Prefeitura de Guajará-Mirim, bem como outras pessoas sem vínculo direto com o Poder Executivo, que estariam envolvidas ou beneficiadas pelo esquema.
Os mandados estão sendo cumpridos em residências, escritórios, propriedades rurais e na Prefeitura de Guajará-Mirim, além das ordens judiciais de afastamento de mandato e cargo público.
A operação conta com a participação de Promotores de Justiça, Policiais Civis e Militares, Perito Criminal e servidores lotados no CAEX e no GAECO. Além disso, equipes da 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO 2), Delegacia Especializada em Repressão a Furtos, Roubos e Extorsões (DERF – Patrimônio), Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (DECCON) e Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra a Vida (DERCV – Homicídios) participam da execução da operação.
O nome “Avatar” foi escolhido como referência às figuras frequentemente utilizadas para ocultar a identidade real das pessoas que participam de atividades na internet. Isso se assemelha ao modo como o esquema investigado atuava: colocando pessoas em cargos estratégicos na Prefeitura de Guajará-Mirim apenas como representantes simbólicos, enquanto as decisões para práticas ilícitas eram controladas pela liderança do esquema.