Cláudia de Jesus solicita decreto de emergência para situação de seca extrema em Rondônia

Deputada defende apoio dos governos para populações impactadas.

Por Assessoria

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Rondônia vive a maior seca extrema dos últimos cinquenta anos. Neste período, o rio Madeira chegou no seu menor nível, formando extensos bancos de areia, impedindo a navegação e afetando a sobrevivência das comunidades da Amazônia. Diante da situação, a deputada estadual Cláudia de Jesus (PT) solicitou do governo de Rondônia que publique um decreto urgente, referente ao cenário de estiagem considerando aspectos sociais, ambientais e econômicos.

A ideia é que o estado possa ser contemplado pela Medida Provisória do governo federal que autoriza pagamento do auxílio extraordinário no valor de R$ 2.6 mil, pago aos pescadores afetados no período de estiagem. “Os impactos relativos ao baixo nível de água nos rios são visíveis, afetando a navegação, o acesso à água, dificuldades para conseguir alimentos e medicamentos”, disse a deputada.

As cidades de Porto Velho e Espigão do Oeste já decretaram situação de emergência. A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) reconheceu o decreto de Espigão, já que mais de 29 mil pessoas ficaram sem água. De acordo com a deputada, várias cidades relataram dificuldades com relação ao desenvolvimento das atividades profissionais e subsistência dos trabalhadores diante da situação de mudanças climáticas. “O nível crítico gera insegurança em algumas localidades, isoladas devido à falta de navegação para o transporte aquaviário. A falta de outros insumos afeta atendimentos de saúde em isoladas comunidades”, comenta a parlamentar.

Prejuízos

Mais de 12 mil pescadores e 30 mil pessoas foram afetadas pelas alterações no clima em 18 cidades. Os prejuízos são calculados nos territórios do Madeira Mamoré, Vale do Guaporé, parte da região Central do Estado, Cone Sul, Zona da Mata, Centro-Sul de Rondônia.

De acordo com informações e previsões meteorológicas do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e dos modelos climáticos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), a situação de escassez de chuvas deve continuar até abril de 2024.

“É necessário urgente que sejam tomadas medidas de prevenção, remediação, minimização dos transtornos à população, inclusive daqueles que moram nas regiões ribeirinhas mais distantes e que sobrevivem da atividade pesqueira”, finalizou Cláudia de Jesus.

Além dos impactos ambientais provocados pela ação do homem, a estiagem severa é resultado do “El Niño” que causa alterações significativas na distribuição da temperatura da superfície da água do Oceano Pacífico, com grandes alterações no clima. Estes eventos modificam um sistema de temperaturas do oceano. O aquecimento do Atlântico Tropical Norte, logo acima da linha do Equador, também inibe a formação de nuvens, reduzindo o volume de chuvas na Amazônia.

Fonte: Assessoria

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