O Ministério da saúde através do Distrito Sanitário Especial Indígena- DSEI, enviou uma carta de agradecimento à Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania-SESDEC e ao Gerência de Aviação de Estado GAVE, pelo serviço aeromédico prestado a um indígena de 11 anos da tribo Suruwaha, no dia 02 de julho do corrente ano, na comunidade indígena Suruwaha, localizada em uma área isolada na cidade de Lábrea-AM.
Na carta, o coordenador do DSEI médio Rio Purus Sr. Antônio Cícero Santana, elogiou e agradeceu a atuação da SESDEC, NOA E SAMU. ” O DSEI Médio Rio Purus agradece Vossa Senhoria e sua equipe pela dedicação e afinco com que atuaram em nosso território. A união tem nos dado energia para continuar e desejamos que futuras parcerias possam ser firmadas em favor dos povos indígenas”, disse.
O responsável pela pasta da Segurança, Felipe Vital, ressalta a importância no cuidado com a vida da criança. “É com grande preocupação e responsabilidade, que recebemos a solicitação de resgate da criança indígena da etnia Suruwaha, vítima de um acidente com uma cobra Jararaca. Nossa prioridade foi garantir a segurança e o bem-estar tanto da criança quanto de seus pais”, destacou.
O Tenente-Coronel Rachid Sallé, comandante da aeronave, destaca que no atendimento foram salvas 3 vidas. “Cabe ressaltar que, conforme relatos dos técnicos da SESAI, responsáveis pela aldeia nesta etnia, quando um filho morre os pais se matam, assim a SESDEC pode cooperar juntamente com os demais envolvidos para a preservação de 3 vidas”, lembrou.
O RESGATE
A Gerência de Aviação de Estado foi solicitada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena Médio Purus, localizado em Lábrea-AM, para resgatar uma criança indígena de 11 anos. A autorização para o resgate foi dada pelo Exmo Sr Secretário de Segurança, Defesa e Cidadania, e a equipe decolou 30 minutos após a solicitação, por volta das 11 horas da manhã do dia 02 de julho.
Considerando a distância de 320 quilômetros de Porto Velho, onde a aeronave estava baseada e a autonomia limitada do helicóptero, foi planejado o envio rodoviário de combustível de aviação para a cidade de Lábrea-AM, que fica a 400 km de Porto Velho. Assim, a aeronave poderia pousar em Lábrea para desembarcar o indígena e receber o reabastecimento.
Além disso, foi necessário solicitar o apoio de um médico emergencista voluntário, o Dr. Júnior Beloti, do SAMU de Porto Velho, para acompanhar a missão. Ao chegar na aldeia, o indígena apresentava sangramento gengival e fortes dores, sendo então levado para a cidade de Lábrea-AM, onde recebeu o tratamento médico inicial.
É importante ressaltar que, de acordo com relatos dos técnicos da SESAI responsáveis pela aldeia, na etnia Suruwaha, quando um filho morre, os pais se matam. Portanto, a cooperação entre a SESDEC (Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania) e os demais envolvidos no resgate, foi essencial para preservar não apenas a vida da criança indígena, mas também a vida dos pais.
É uma história que destaca a importância da prontidão e da colaboração entre diferentes instituições e profissionais para salvar vidas em situações de emergência, especialmente em áreas de difícil acesso.