Localizado há aproximadamente 160 km de sua sede, Porto Velho (RO), o distrito de Rio Pardo é uma das localidades afetadas pelo caos que se tornou o serviço de transporte escolar na administração do prefeito Hildon Chaves (PSDB).
A escola de ensino fundamental da região está atendendo parcialmente seus alunos porque os ônibus da empresa responsável pelo serviço no local não tem combustível. A empresa Freitas Transporte, também vem passando por transtorno em relação ao pagamento dos funcionários.
A diretora da Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio Pardo, Salete Fogaça, pediu aos pais que levassem as crianças para que as aulas não ficassem totalmente comprometidas, porém, oferecer educação apenas para os alunos da área urbana do Distrito pareceu, no mínimo, inapropriado, visto que os alunos dos sítios (área rural) também têm direito à educação.
“Mais uma vez o transporte escolar parou suas atividades devido falta de combustível e manutenção mecânica. Peço aos pais que puderem trazer seus filhos até escola que tragam. Pensem no melhor que podemos dar aos nossos filhos que é a educação.
Uma riqueza que ninguém tira dos nossos filhos, é o conhecimento. Vamos trabalhar normalmente com os que vierem, e com reposição com os demais, quando retornarem, até que resolvam estas pendências. Pais se não nos unirmos para concluir o ano letivo, podemos perder o ano de 2019. O transporte escola tá um caso sério já há muitos anos, até o momento não se tem melhorias”, disse a diretora Salete Fogaça em comunicado emitido essa semana.
O ano letivo 2019 iniciou no mês junho e após pouco mais de um mês de aula, o transporte escolar já está parado novamente. Os professores estão atuando na sala ministrando aula para 4, 5 ou 6 alunos, o que não chega nem perto dos requisitos que caracteriza um dia letivo.
A Prefeitura de Porto Velho ainda não se manifestou sobre essa vergonhosa situação. O pedido de socorro de uma estudante da escola municipal de Rio Pardo, moradora da área rural, vem circulando nas redes sociais e ilustra a condição ao quais essas crianças estão sendo submetidas pela falta de ação efetiva do poder público.