O consignado foi criticado por abocanhar uma fatia do programa de distribuição de renda podendo aumentar o super endividamento dos mais empobrecidos devido aos juros altos. O banco informou que a modalidade deixará o portfólio da instituição após a realização de “estudos técnicos”
“Com as novas regras, a operação não se paga. Além disso, esse produto teve um cunho eleitoral, a Caixa foi o banco que mais ofertou crédito, com R$ 7,6 bilhões. É uma excrescência. Não posso ofertar crédito em um auxílio para uma pessoa se alimentar. Na minha opinião, isso tem de ser anulado”, disse Rita Serrano, presidente da Caixa, em entrevista ao jornal Valor Econômico.
Apesar da suspensão definitiva de agora, empréstimos consignados não eram concedidos desde 12 de janeiro, quando a modalidade foi suspensa. O banco justificou que o Ministério do Desenvolvimento Social iria revisar o cadastro dos beneficiários e que isso exigiria a suspensão temporária de novos contratos.
No último dia 10, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mudou algumas regras, derrubando de 40% para 5% a margem consignável do benefício (parte da renda mensal que pode ser comprometida com o pagamento da parcela do empréstimo). Reduziu de 24 para seis o número máximo de parcelas para o pagamento da dívida. Além disso, a taxa máxima de juros caiu de 3,5% para 2,5% ao mês.