A Polícia Federal em Rondônia deflagrou na manhã desta quinta-feira (12), a Operação Re Floor, para combater os crimes de estupro de vulnerável, bem como os de produção e compartilhamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil.
A investigação, realizada pelo Núcleo Regional de Repressão aos Crimes Cibernéticos (NRCC), foi iniciada em dezembro de 2022, a partir de informações de uma organização não governamental estrangeira, que reportou indícios do crime de estupro de vulnerável. Essas informações foram recebidas pelo Serviço de Repressão a Crimes de Ódio e Pornografia Infantil (Sercopi) da Polícia Federal, em Brasília, que encaminhou o caso para a Superintendência em Rondônia, alertando sobre possível produção de pornografia infantil e abuso sexual de um menor, de cerca de 5 anos.
As informações recebidas pela Polícia Federal de Rondônia foram tratadas com a máxima prioridade, e o NRCC de Rondônia, utilizando-se de técnicas especiais de polícia judiciária conseguiu identificar os possíveis suspeitos da prática das condutas criminosas, pois haviam três adultos que residiam no local.
Inicialmente, um mandado de busca e apreensão foi exarado pela Vara de Proteção à Infância e Juventude de Porto Velho, com a finalidade de identificar o abusador, através de diligências e perícias nos dispositivos eletrônicos e na residência.
Durante o cumprimento da busca e apreensão, foi possível constatar, através de diversos elementos, que o acusado era primo do menor abusado. No celular do abusador foram encontrados diversos registros dos estupros feitos por ele mesmo, além de vasta quantidade de pornografia infantojuvenil.
O delegado responsável pelas buscas deu voz de prisão em flagrante delito ao suspeito, pelo crime de armazenamento de conteúdo relacionado ao abuso sexual infantojuvenil, conduzindo-o para a Superintendência Regional da Polícia Federal em Rondônia.
O homem será encaminhado ao presídio local, onde ficará à disposição da Justiça e responderá por estupro de vulnerável previsto no Código Penal, e pelos crimes de produção, compartilhamento e armazenamento de materiais relacionados ao abuso sexual infantojuvenil previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente, com penas somadas que podem chegar a 33 anos de reclusão.
Os dispositivos eletrônicos apreendidos serão periciados pelo Setor Técnico-Científico da Polícia Federal – Setec e analisados pelo NRCC/RO, podendo ainda revelar outros crimes praticados pelo investigado.
Red Floor, nome dado à operação, na língua inglesa significa “Chão Vermelho”, em referência à característica avermelhada do piso do ambiente em que os abusos foram cometidos.