O advogado de Rondônia, acusado de grandes golpes no estado e no Acre e alvo de mandado de prisão nesta terça-feira (20) é Rodrigo Tosta Giroldo.
O mandado de prisão foi pedido à Justiça pela Delegacia Especializada em Repressão às Fraudes (Defraude) de Porto Velho, coordenada pelo delegado Swami Otto.
Conforme a Polícia, as investigações começaram há menos de uma semana, após algumas vítimas denunciarem os fatos na Defraude.
De acordo com as denúncias, o advogado praticou uma série de fraudes, que consistiam em fazer a cessão de crédito de processos judiciais que não existiam. “Quando fazia uma consulta pelos números dos processos constatava que não existia. Foram juntados documentos que demonstram isso”, disse o delegado. Em um dos casos, Tosta pediu dinheiro emprestado, alegando ser credor de alvará, mas não era verdade. Em outras situações, pedia adiantamento de verbas.
A Polícia apurou que entre as vítimas estão advogados e empresários, totalizando aproximadamente 18 pessoas, que procuraram a delegacia, sendo uma delas do estado do Acre. “As pessoas acabavam acreditando nessa proposta porque ele era uma pessoa muito acreditada na sociedade, por ser professor universitário, um advogado bem conceituado e as pessoas acabavam acreditando na palavra dele. Os primeiros valores que eram transferidos pelas vítimas, eram restituídos nos prazos que eram acordados, mas com certo tempo começou-se a não pagar mais e ele sumiu”, detalhou o delegado.
Estima-se pelo que já se coletou de provas, o valor supera a ordem de R$ 30 milhões de dinheiro movimentado nessa fraude, segundo o delegado Swami Otto. “Foram cumpridas medidas cautelares nos endereços do investigado, incluindo no escritório com sede em Porto Velho e na residência de familiares”, explicou.
A justiça decretou a quebra do sigilo bancário do advogado. “A justiça autorizou o bloqueio das contas do advogado. Todo o material arrecadado será analisado e outras pessoas devem ser ouvidas durante a investigação”, disse o titular da Defraude.
A autoridade policial esclareceu que foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Porto Velho, Maringá (PR), Paranavaí (PR), Londrina (PR) e Feira de Santana (BA), contando com o apoio das polícias civis do Paraná e Bahia.
A Polícia Civil pede ajuda da população para que o acusado seja localizado e preso. Qualquer informação pode ser repassada através do 197, sem precisar ser identificado.