Em uma entrevista concedida à agência de notícias dos Estados Unidos, Mongabay, o Arcebispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, declarou que vem sendo alvo de pressão e perseguição no estado de Rondônia.
Dom Roque afirmou que sofre intimidação inclusive quando está celebrando suas missas na Catedral da capital rondoniense. Além de Arcebispo, ele é presidente do Conselho Indigenista Missionário – CIMI, onde sua postura em defesa dos povos da floresta vem gerando ataques de fúria de cidadãos que se posicionam contrários à demarcação de reservas, entre outras medidas de apoio aos índios da Amazônia brasileira.
Entre as perseguições relatadas pelo Arcebispo, estão pressões sofridas para mudar falas de suas missas e ataques violentos nas redes sociais que levam a intimidações e abalos psicológicos contra ele.
“Nós vivemos nessa região sendo marcados por posturas daqueles que são contrários não somente à questão indígena, mas à questão do direito dos pobres. Nós vivemos movidos por essa economia da destruição. E os habitantes tradicionais não são vistos como sujeitos, mas simplesmente como obstáculos ao chamado desenvolvimento”, disse Dom Roque em sua entrevista.
A defesa pública de Dom Roque a movimentos de esquerda e ao presidente eleito, Lula (PT) é o motivo principal do ódio gerado contra o Arcebispo, uma vez que Rondônia vem se mostrando um estado onde o apoio passional à direita, em especial ao presidente Bolsonaro é uma constante entre a população.