PF deflagra operação contra organização criminosa de RO que movimentou R$ 1,3 bilhão

A investigação foi realizada em parceria com a Receita Federal do Brasil, o que possibilitou que os policiais tivessem um leque ainda maior de ferramentas e informações para usarem como elementos de provas dos crimes apontados.

Por Assessoria

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A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta sexta-feira (25), a Operação Canto da Serpente, para combater os crimes de organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Ao todo, 69 mandados, sendo 25 de prisão preventiva e 44 de busca e apreensão foram expedidos para serem cumpridos em Guajará-mirim, Porto Velho e no estado de São Paulo.

Além do cumprimento dos mandados, a maioria em Guajará-Mirim, a Justiça determinou o sequestro específico de 25 veículos, avaliados em quase R$ 1,2 milhão.

A Justiça determinou ainda, o sequestro de 4 imóveis e o bloqueio de mais de R$ 330 milhões das contas dos investigados, entre pessoas físicas e jurídicas, e a suspensão da atividade comercial de 14 empresas utilizadas pela organização criminosa para a movimentação de valores ilícitos.

A quadrilha investigada era composta por 3 núcleos bastante atuantes: Um cuidava da logística do tráfico – compra, transporte e distribuição, cabendo aos 2 núcleos restantes toda a movimentação financeira, que se dava por meio de ocultação patrimonial, laranjas e empresas de fachada.

A investigação foi realizada em parceria com a Receita Federal do Brasil, o que possibilitou que os policiais tivessem um leque ainda maior de ferramentas e informações para usarem como elementos de provas dos crimes apontados. Por meio dessa parceria, a investigação apontou que a organização criminosa teve uma movimentação financeira global de aproximadamente R$ 1,3 bilhão. Além disso, análises fiscais indicam que, apenas entre créditos e débitos de contas, cujos investigados eram titulares, chega-se à monta de aproximadamente R$ 700 milhões.

Segundo a PF, em um primeiro momento, o crime de lavagem de capitais pode parecer de menor gravidade. Porém, não é o que efetivamente ocorre na prática: sem a lavagem, a engrenagem criminosa para o tráfico não consegue movimentar, ocultar e auferir os lucros que tanto buscam, segundo a Polícia. Não é difícil concluir que a lavagem de capitais alimenta de certa forma o tráfico de drogas, destaca o delegado federal, Lucas Montenegro.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Estadual de Rondônia e cumpridos por aproximadamente 140 policiais. Desse total, mais de 100 apenas em Guajará-Mirim.

O nome da operação “Canto da Serpente” alude à busca por dinheiro fácil ao custo do bem estar social e do abuso de famílias desestruturadas, fazendo referência à passagem bíblica em que Adão e Eva são seduzidos pela serpente a consumirem o fruto proibido.

Fonte: Assessoria

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