Rondônia registrou a terceira menor taxa de desocupação no Brasil no terceiro semestre deste ano, ficando atrás apenas de Santa Catarina e Mato Grosso. No entanto, o estado está cima da média nacional quando o assunto é trabalho informal.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados durante a Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios Contínua (PNAD Contínua) realizada de julho a setembro de 2022.
De acordo com a PNAD Contínua, Rondônia tem uma taxa de ocupação de 3,9%, enquanto Santa Catarina e Mato Grosso registraram 3,8%. No país, a taxa foi de 8,7%.
A área que registrou a maior ocupação de trabalhadores durante o período pesquisado foi o de comércio e reparação de veículos, com mais de 190 mil ocupados, o que representa mais de 22% do total de pessoas ocupadas no estado.
Em segundo e terceiro lugar ficam os setores de agropecuária e administração pública:
- Comércio e reparação de veículos – 193 mil ocupados (22,6%)
- Agropecuária – 170 mil ocupados (19,9%)
- Administração pública – 134 mil ocupados (15,7%)
Informalidade
A pesquisa ainda mostrou que o estado teve um aumento no número de pessoas que trabalham por conta própria, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Em 2021 eram 254 mil trabalhadores nessa condição, enquanto em 2022 o número passou para 320 mil.
Dos trabalhadores por conta própria, cerca de 82,5% não possuem registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), estando assim na informalidade.
Já considerando todos os 855 mil rondonienses que possuem uma ocupação, 47,8% (409 mil) estão na informalidade, sendo eles empregados sem carteira assinada, empregador sem CNPJ, trabalhador por conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar.
Desalentados
Também foi pesquisados sobre os desalentados, aqueles que desistiram que procurar um trabalho. Na comparação com o mesmo período de 2021, o número de desalentados diminui, passando de 24 mil para 11 mil em todo o estado.