Uma criança de quatro anos foi resgatada após cair em um poço com cerca de 20 metros de profundidade, em União Bandeirantes, distrito de Porto Velho. O resgate foi realizado por uma equipe do Corpo de Bombeiros, que está na cidade realizando a operação ‘Verde Rondônia’, em combate as queimadas florestais.
A criança precisou ser atendida por uma equipe médica, já que ela sofreu uma luxação no pé esquerdo e quebrou um dos braços.
De acordo com o capitão Bragado, um motociclista chegou na base do Corpo de Bombeiros por volta das 18h da última quinta-feira (20) e informou que a menina havia caído no poço.
“Acionei a equipe e como o nosso equipamento é para combate às queimadas e não para resgate em altura, tivemos que improvisar com os cabos (corda laranjada) e com o que tínhamos para realizar o resgate”, explicou o responsável pela equipe.
O poço, segundo o capitão Bragado, tinha água e cerca de 20 metros de profundidade. Isso prejudicou a visão de quem estava do lado de fora, mas revelou que era possível ouvir a criança.
“Ela chorava muito e pedia para sair. Dava de ver as mãozinhas dela em uma peça de concreto, tentando não se afogar em cerca de meio metro de água”, disse.
Aos bombeiros, a mãe da criança informou que sentiu falta da filha e ao procurá-la, viu que a tampa, feita de concreto, estava quebrada e que a criança tinha caído lá dentro.
O resgate
O sargento Paulo foi o responsável de resgatar a criança e ao g1, disse que a medida que ia descendo, percebia que o oxigênio diminuía.
“Nosso planejamento seguia com subidas, primeiro ela (criança), depois eu. Mas conforme descia os 20 metros, eu percebi que a quantidade de oxigênio diminuía. Então, subimos juntos”, explicou.
Já do lado de fora, a criança foi entregue à mãe e depois foi levada à Unidade Básica de Saúde do distrito. Logo depois, a criança levada à Jaci Paraná para realizar exames, que constaram que ela fraturou um dos braços e luxou o pé esquerdo.
“Soubemos que ela já está em casa com a família. O meu sentimento é de gratidão, pois correu tudo muito bem. Foi um trabalho em equipe, onde um acalmava a criança e outro preparava os materiais”, disse o sargento Paulo.