Um menino de cinco anos foi hospitalizado após ser brutalmente agredido pela própria mãe e pelo padrasto, em São Vicente, no litoral de São Paulo. A criança teve oito costelas e um braço fraturados, de acordo com informações obtidas, nesta terça-feira (4), pelo jornal.
Após bater nele, a mãe da criança fez um vídeo dizendo que cometeu a agressão porque na casa dela “ele não ia bagunçar”. Após o episódio, a mãe e o padrasto não foram mais encontrados.
Jéssica dos Santos, de 31 anos, tia do menino, relatou que o sobrinho estava na casa da mãe dele, onde ficava aos fins de semana. “O menino e as duas irmãs foram criadas pelo meu irmão [pai das crianças], mas ficavam com a mãe de 15 em 15 dias. E, até então, não tínhamos reparado nenhum tipo de agressão”, conta.
Ainda segundo a tia da vítima, nos últimos meses, a mãe das crianças não deixava o pai encontrar as crianças. A comerciante conta que, no dia 28 de setembro, recebeu a notícia que o sobrinho estava machucado e com diversos hematomas.
“Soubemos que o marido da mãe dele [padrasto] o levou enrolado em um lençol para a casa dos pais dele [pais do padrasto] e que eles tinham levado meu sobrinho para o hospital. Na hora, ficamos perdidos sem entender direito o que estava acontecendo”, lembra.
De acordo com Jessica, quando eles chegaram ao hospital ficaram sem acreditar no estado de saúde da criança. Por causa dos machucados, o menino foi transferido para a UTI pediátrica da Santa Casa de Santos.
“Me pergunto toda vez que olho pra ele daquele jeito como que eles podem ser tão cruéis assim. O que aconteceu para que eles fizessem isso? Todos estamos sem entender tanta maldade”, diz a tia da vítima.
Em um vídeo, gravado pela agressora, ela fala com ele após as agressões. O menino aparece sem roupas, encostado na parede e machucado. A mulher diz: “Tá rangindo tu? Tu tá rangindo e virando a cabeça? Dentro da minha casa você não vai fazer bagunça. Você não vai fazer bagunça (sic)”.
Em nota, a Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP-SP) informou que o caso da criança citada foi registrado como lesão corporal e abandono de incapaz na Delegacia Policial de São Vicente. O ocorrido foi encaminhado para a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) que investiga os fatos e informou que não vai dar mais informações.
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