O Juízo da 2ª. Vara do Tribunal do Júri de Porto Velho aceitou a denúncia para levar ao banco dos réus um agente penitenciário acusado de ter desferido tiros e matado um apenado e ferido outros quatro durante uma tentativa de fuga do presídio Milton Soares de Carvalho, também conhecido por 470.
Segundo o Ministério Público (MP/RO), os apenados estavam desarmados e não tiveram chance de defesa, mesmo estando em flagrante delito escalando o muro da penitenciária para fugir.
O caso aconteceu no dia 5 de abril de 2017, por volta das 6h da manhã.
Além do detido morto à ocasião outro homem entre as vítimas acabou paraplégico.
Para o MP, o agente assumiu o risco de matar ao atirar da Torre 5, onde ele tirava serviço, nos detentos em fuga. Segundo a perícia, o agente desferiu pelo menos vinte tiros nos apenados e um deles acabou tendo, segundo o MP, ´morte violenta´.
Os apenados foram atingidos quando já estavam no matagal.
O agente acusado disse em depoimento que atirou porque percebeu a presença de um suposto carro branco próximo à muralha onde ele estava e que seus ocupantes atiraram contra a torre. Esse carro, no entanto, não foi visto por outras testemunhas que estavam de serviço naquele dia.