O laboratório Dasa realizou um sequenciamento genômico e encontrou em uma criança de 3 anos de idade, moradora de São Paulo, uma nova subvariante da variante Ômicron da Covid-19 que ainda não havia sido localizada em nenhuma parte do mundo.
As amostras analisadas são do dia 16 de fevereiro, dia em que a criança realizou o exame tipo RT-PCR. A descoberta trata-se de uma nova subvariante da Ômicron.
São denominados como recombinantes os vírus que possuem informações genéticas de uma cepa já existente, neste caso a Ômicron, mas apresentam um segundo tipo de linhagem distinta.
Para que os órgãos de saúde reconheçam a descoberta como uma nova linhagem da Covid-19, é necessário encontrar quatro diagnósticos idênticos, com o mesmo tipo de recombinante.
Subvariante da ômicron
O laboratório Dasa identificou três amostras recombinantes em seu trabalho de sequenciamento genético. Além da recém descoberta subvariante, também foram localizados outros dois casos da Ômicron XE, mistura das duas sublinhagens BA.1 e BA.2.
O Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso da Ômicron XE no Brasil no início deste mês. O diagnóstico foi apontado pelo Instituto Butantan, em São Paulo.
No caso da XE, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta e diz que monitora os casos dessa versão, que inicialmente havia sido detectada apenas na China, mas se espalhou para outras partes do mundo, principalmente o Reino Unido. Segundo a OMS, o número de infecções pela subvariante da ômicron é muito pequeno em relação ao tamanho dos surtos que já aconteceram e que ainda estão acontecendo ao redor do mundo, o que torna difícil medir o perigo da cepa.