O governo de Rondônia reabriu nesta quinta-feira (20) os leitos do Centro de Reabilitação de Rondônia (Cero) em Porto Velho. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) tomou esta decisão após os leitos de UTI Covid atingirem 90% de ocupação na capital.
Segundo o secretário Fernando Máximo, a reabertura do Cero em Porto Velho possibilitou a ampliação de 18 leitos de UTI Covid e 22 leitos clínicos.
“Porto Velho estava com 90% dos leitos de UTIs ocupados, mas a média estadual de ocupação de leitos Covid era de 65% de taxa de ocupação. Ao reabrir o Cero hoje em Porto Velho, a nossa taxa de ocupação de leitos de UTI em Rondônia cai para 55% no estado de Rondônia”, disse Máximo.
Ainda segundo a Sesau, para o Cero serão enviados pacientes com quadro moderado de Covid, ou seja, que precisam de internação, mas não de intubação.
“Os pacientes mais graves serão atendidos no complexo JBS, anexo ao Cemetron. Lá vão ser atendidos os que precisam de intubação em UTI”, disse.
Internados em UTIs
De acordo com o último boletim da Sesau, de quarta-feira (19), Rondônia tinha 180 pacientes internados com Covid. Deste total, 33 estavam em UTI da rede estadual e 24 em UTI de rede municipal.
Dos hospitais com UTIs em Rondônia, três registravam taxa de 100% de ocupação até a noite de quarta-feira, conforme relatório do governo. São eles:
- Cemetron (em Porto Velho)
- Hospital Municipal Cândido Rondon (Ji-Paraná)
- Heuro (Cacoal)
Casos positivados
Apenas nos últimos dois dias, Rondônia teve mais de 3 mil casos de coronavírus registrados em sistema, sendo 1.711 apenas na quarta-feira.
Entre 1° e 18 de janeiro, o estado de Rondônia já registrou 8.450 casos conhecidos de coronavírus, sendo que 1.611 foram registrados apenas na última terça-feira (18), o pior número do mês.
No último fim de semana, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) confirmou que há 51 casos da variante Ômicron em Rondônia. Os casos foram confirmados em nove municípios.
Na última quarta-feira, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) emitiu um alerta sobre um novo aumento de casos da Covid-19 e cobrou que autoridades façam mais divulgação sobre a importância da vacinação.
“Como não é possível descartar a circulação das demais variantes, já enraizadas na comunidade, é provável que estejamos diante de um novo ciclo de aumento de casos, causados pelas diferentes formas do SARS-CoV-2”, diz o Cremero.