O produtor americano Harvey Weinstein foi indicado na tarde desta quarta (30), sob a acusação de ter cometido crimes sexuais, e pode ter de cumprir 25 anos de prisão, caso seja condenado.
O grande júri, que no sistema americano é responsável for formalizar acusações na Justiça criminal, viu elementos suficientes para que o executivo responda por dois estupros.
Weinstein, que permaneceu quieto quando inquirido em Nova York na última sexta (25), é acusado de ter estuprado uma vítima não identificada e por ter forçado a atriz Lucia Evans a fazer sexo oral nele. Ele foi liberado mediante o pagamento de uma fiança de US$ 1 milhão (R$ 3,6 milhões) e sob a condição de usar equipamento de monitoramento eletrônico para poder responder em liberdade.
Desde outubro do ano passado, quando o New York Times e a revista The New Yorker trouxeram à tona a acusação de várias atrizes contra o produtor -entre elas, Angelina Jolie e Gwyneth Paltrow–, uma avalanche de novas acusações surgiram. Weinstein foi afastado de sua companhia e, de acordo com a Vanity Fair, teria procurado uma reabilitação sexual.
O caso do produtor deflagrou uma série de acusações em Hollywood e o surgimento de movimentos como o MeToo e o Times Up. Figura fácil em tapetes vermelhos, Weinstein também foi expulso da Academia do Oscar.
Em novembro de 2017, a polícia já reunia provas para prender Weinstein, após a atriz Paz de la Huerta acusá-lo de estuprá-la duas vezes.
O produtor nega todas as acusações de sexo não consentido.