Brasil de Fato – A primeira parcela da nova rodada do auxílio emergencial começa a ser paga nesta terça-feira (6) a quem já recebia o benefício em 2020 e que continua a preencher todos os requisitos do programa. Desta vez, além de não ser possível entrar com novos pedidos para o recebimento do benefício, os valores serão significativamente menores.
No total, serão quatro parcelas com valores entre R$ 150 e R$ 375, de abril a julho de 2021, dependendo da composição familiar de cada beneficiário. Aqueles que moram sozinhos podem receber R$ 150; mães solteiras que sustentam a família, R$ 375; e demais famílias, R$ 250.
Quem tem direito?
Podem receber a nova rodada de auxílio os trabalhadores informais, inscritos no CadÚnico e beneficiários do Bolsa Família que recebiam o auxílio de R$ 600 ou de R$ 300 até dezembro de 2020.
Além disso, o beneficiário deve continuar se encaixando em todos os requisitos: ter mais de 18 anos; não ter carteira assinada; não receber outro tipo de benefício, como previdenciário; não ter renda familiar mensal per capita acima de meio salário mínimo; não ter recebido, em 2019, rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70; não estar com o auxílio emergencial cancelado no momento da avaliação de elegibilidade da nova rodada de 2021; entre outros.
Pagamentos
Da mesma maneira que era realizado no ano passado, o depósito será feito nas contas poupança digitais da Caixa Econômica Federal para os trabalhadores informais e inscritos no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). O dinheiro poderá ser movimentado por meio do aplicativo Caixa Tem.
Após o depósito nas contas digitais, é possível usar o dinheiro para pagar boletos e contas por meio do aplicativo. Compras com o cartão virtual também estarão liberadas. Já para acessar a verba em espécie e fazer transferência para outras contas, é preciso aguardar de duas a quatro semanas após o depósito.
Para os beneficiários do Bolsa Família, o fluxo é um pouco diferente: é possível sacar diretamente o dinheiro nos 10 últimos dias úteis de cada mês. Lembrando que o auxílio emergencial será pago somente se o valor for superior ao benefício.
Valor insuficiente
A alta no preço dos alimentos é um dos argumentos utilizados por movimentos sociais que cobram um valor mais alto para o auxílio emergencial. Nos últimos 12 meses, em plena pandemia, o preço dos alimentos subiu em média 15%, quase o triplo da inflação no período.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) os preços que mais subiram foram os de cereais, leguminosas e oleaginosas (57,8%). Na sequência, aparecem as categorias óleos e gorduras (55,9%) e tubérculos, raízes e legumes (31,6%).
Tem Gente com Fome
No dia 16 de março foi lançado a campanha “Tem Gente com Fome”, que pretende doar cestas básicas para 223 mil famílias em todo o país. Para alcançar esse objetivo, os organizadores da iniciativa pretendem arrecadar R$ 133 milhões, através do site da ação.
A campanha é uma iniciativa da Coalizão Negra por Direitos, e foi apoiada por diversos movimentos sociais e ONGs, como Anistia Internacional, Oxfam, Instituto Ethos, 342 Artes e Ação Brasileira de Combate às Desigulades.