Na sessão plenária desta terça-feira (9) o deputado Jean Oliveira (MDB) expressou seu reconhecimento ao governador Marcos Rocha (PSL), que capitaneou a criação do Programa Imuniza Rondônia, aprovado na Assembleia Legislativa no último domingo (7). O parlamentar também destacou a participação do presidente da Casa de Leis, Alex Redano (Republicanos) nas tratativas com Poderes e instituições para a criação do programa.
“É o prognóstico feito pelo governador diante dos fatos que vivemos devido ao coronavírus. Precisamos da vacina. Não existe medida mais acertada para acabar de vez com a pandemia do que a vacina. É um momento muito difícil. O Brasil, com uma população grandiosa, é o segundo epicentro do mundo, o que coleciona o segundo maior número do óbitos”, afirmou Jean Oliveira.
O deputado adiantou que a possibilidade de o Governo do Estado comprar vacinas não tira do presidente a responsabilidade em relação à imunização. Ele lembrou que a quantidade de imunizados no País, 9 milhões de pessoas, é insignificante em relação aos Estados Unidos.
“O modelo americano sempre foi o espelho para o Brasil. Lá são quase 80 milhões de imunizados. No Brasil tivemos atraso na aquisição das vacinas e distribuição equivocada das doses. Rondônia não recebeu o que deveria, por isso o Estado se mobilizou em relação à criação deste este fundo”, especificou Jean Oliveira.
Ele alertou, no entanto, que a população não deve deixar de usar máscara nem de se higienizar. O deputado citou que a aquisição da vacinas ainda não aconteceu, e mesmo depois que as doses forem ministradas esse zelo deve continuar, porque existe um período para surtir efeito.
O deputado Jean Oliveira lembrou que o Executivo enxugou a máquina e conseguiu R$ 50 milhões para Programa Imuniza Rondônia, por isso os demais Poderes precisam colocar mais R$ 50 milhões.
“Na hora de fazer reunião para que o governo emita um decreto mais rígido o Ministério Público fala, o Tribunal de Contas do Estado fala, a Assembleia Legislativa fala, por isso na hora de conseguir dinheiro também precisam ajudar. É hora de cada Poder fazer a contribuição de forma generosa, pensando no próximo”, detalhou o parlamentar.
Ele acrescentou que o governador sofre duras penas a cada medida restritiva que edita, juntamente com os deputados, por isso foi discutida na Assembleia Legislativa a possibilidade de cassar o decreto de calamidade pública.
“A população pediu a cassação do decreto, porque não aguenta mais essas normas restritivas. Mas se não fossem esses toques de recolher a situação seria muito mais caótica. Em Rondônia Temos 66 mortes em 24 horas. Isso é proporcionalmente maior do que no Amazonas, porque somente em Manaus há 3 milhões de habitantes. No Estado estamos vivendo o pior momento da pandemia. Dos 66 mortos em Rondônia, 53 são de Porto Velho”, lembrou Jean Oliveira.
Ele acrescentou que não há uma busca por culpados, e sim uma ação para unir o poder público e trabalhar. Para o deputado, a população não quer saber de briga, pois quem está com covid-19 não tem pulmão para pedir socorro.
“Eu precisei ser entubado e sei o que é a falta de ar. O modelo que está aí não está suprindo a necessidade da população da capital nem do Estado. O governo é criticado pela edição de decretos, sendo que os prefeitos vão para a mídia dizer que os municípios é que deveriam decidir sobre toque de recolher e lockdown. Mas na hora de tratar o paciente em estado grave, quem trata é o governo”, destacou Jean Oliveira.
O deputado citou que a prefeitura de Porto Velho, que tem muitos recursos, deveria fazer mais pela população. De acordo com Jean Oliveira, se a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Sul não é suficiente para atender os pacientes, a prefeitura precisa abrir outra, transformando centros de saúde em pronto socorro, mudando a estrutura da saúde na cidade.
“É um absurdo uma unidade de saúde ficar fechada, mas muitas vezes a UPA da Zona Sul está fechada. Não adianta dizer que o Secretário de Estado da Saúde é culpado. Precisamos é encontrar uma saída para essa situação”, finalizou Jean Oliveira.