Prefeitos pretendem entrar na justiça para anular eleição na AROM

Os atuais representantes da Associação Rondoniense de Municípios teriam arquitetado um esquema para garantir a manutenção de pessoas ligadas a ...

Por Rondoniaovivo

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Os atuais representantes da Associação Rondoniense de Municípios teriam arquitetado um esquema para garantir a manutenção de pessoas ligadas a um mesmo grupo na presidência da AROM.

Segundo o relato de vários prefeitos, a eleição realizada na noite da última segunda-feira (1) teria sido uma baixaria que chegou a ser classificada de golpe. Em meio ao bate boca, Célio Lang, prefeito de Urupá, foi escolhido para administrar a Associação. A eleição de Célio atenderia interesses pessoais de políticos que estariam tentando desestabilizar o governo, usando a AROM como meio de atingir os objetivos.

Uma convocação para Assembleia Extraordinária, publicada em 28 de janeiro, que supostamente teria contado com a assinatura de 16 prefeitos, avisou os prefeitos que haveria uma reunião para deliberar quanto à anulação de uma Assembleia realizada em 11 de dezembro de 2020 e para a formação de uma nova comissão para a eleição complementar da AROM.

As evidências revelam que a assembleia tinha o objetivo claro de destituir os dois únicos membros que ainda estavam na diretoria, o que não aconteceu porque ambos renunciaram aos cargos nesta segunda-feira.

Sem ninguém da diretoria para conduzir os trabalhos, a assembleia acabou sendo presidida pelo Prefeito Marcélio Brasileiro, de Nova Mamoré, que teria conduzido a sessão de uma maneira onde não houvesse nenhum concorrente para disputar com Célio Lang.

Como não houve divulgação de que haveria um processo eleitoral na reunião desta segunda-feira apenas uma chapa participou. Os únicos prefeitos que previamente haviam se organizado para colocar os nomes à disposição foram os próprios prefeitos envolvidos no esquema que garantiria Célio Lang como o grande vitorioso na eleição.

Diversos prefeitos questionaram a condução da Assembleia e também alertaram para a ilegalidade do ato.

Joanzinho Gonçalves, prefeito de Jaru, disse que ficou apavorado com a maneira como a questão foi tratada. “ O que a gente viu foi um golpe de um grupo específico que quer se manter no poder a qualquer custo. Vamos acionar a Justiça e pedir a anulação da eleição“, garantiu ele em entrevista ao Rondoniaovivo.
Eduardo Japonês, prefeito de Vilhena, afirma que jamais imaginou que representantes eleitos pelo voto do povo promovessem uma atitude antidemocrática, que não combina em nada com os princípios que a AROM defende. “ Me chamaram para participar em cima da hora e jamais imaginei que me veria envolvido em um encontro de baixo nível e contrário a todos os princípios éticos e morais que nós prefeitos devemos zelar”, enfatiza Japonês.

A arbitrariedade ocorrida na AROM desagradou um bom número de prefeitos, que já estão vislumbrando a possibilidade de se desfiliar da entidade.

OUTRO LADO

O prefeito de Urupá, Célio Lang, eleito presidente da AROM, disse que na noite de ontem enviaria sua versão dos fatos. Até o fechamento desta reportagem o prefeito não havia se manifestado.

Fonte: Rondoniaovivo

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