O indigenista Rieli Franciscato foi morto nesta quarta-feira (9) por índios isolados em um sítio na zona rural de Seringueiras, segundo confirmou a Polícia Civil.
Rieli atuava na Funai há cerca de 30 anos e atualmente era coordenador da Frente de Proteção Etnoambiental Uru-Eu-Wau-Wau. Nesta quarta-feira tentava evitar um atrito entre os índios isolados e moradores da região quando foi atingido com uma flechada no peito, foi socorrido por militares, mas morreu antes mesmo de receber atendimento médico.
De acordo com informações preliminares, Rieli foi informado pela manhã sobre o aparecimento de índios na região e seguiu ao local com policiais militares. Já na parte da tarde ele subia um morro quando foi atingido pela flechada. Conseguiu tirá-la, correu, mas acabou caindo.
Segundo o jornalista e antropólogo Felipe Milanez, em publicação no Twitter, Rieli era paranaense, filho de migrantes em Rondônia, e desde pequeno se engajou na luta ao lado da floresta. “Nos anos 1980 e 1990 participou das redes mais engajadas de indigenistas em Rondônia, um dos fundadores da Kanindé. Tecnicamente e moralmente, era o maior sertanista vivo”.