Durante entrevista ao programa Microfone Aberto, veiculado na Rádio Massa FM na manhã desta quinta-feira (2), o presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB), disse esperar que o governador modifique a Portaria 11, que obriga o comércio da fechar novamente em Rondônia. O parlamentar assegurou que, se agir dessa forma, Marcos Rocha terá total apoio dos deputados, empresários, comerciantes e comerciários.
De acordo com o presidente, é preciso adotar medidas de contenção ao coronavírus sem “matar” CNPJs e CPFs. Ele avisou que não adianta fechar as lojas, porque existe o risco de a população se contaminar nos supermercados.
“Por que querem quebrar o comércio pequeno? É preciso adotar medidas para que as lojas possam abrir, oferecendo proteção aos funcionários e aos consumidores. Temos a esperança de que o governador tome uma decisão acertada”, acrescentou.
O presidente Laerte Gomes confirmou que a pauta permanecerá trancada no Poder Legislativo, e enquanto o decreto não for alterado. Dessa forma não será apreciado nenhum projeto encaminhado pelo Governo. Ele lembrou que o Executivo precisa ouvir o pedido de socorro de comerciantes e comerciários, para evitar demissões de trabalhadores.
“Quem tem o salário pago pelo poder público pode ficar em casa nesse período de pandemia. Acontece que a população em geral está sofrendo muito por não poder trabalhar, e é essa parcela que realmente paga os salários de quem pode ficar em casa”, destacou o parlamentar.
De acordo com Laerte Gomes, em muitas cidades de Rondônia o número de infectados pelo coronavírus não é alto, mas mesmo assim o Governo e alguns órgãos de controle querem obrigar o comércio a fechar. “Se a medida for necessária em algum município, que seja tomada, mas isso não pode ser estendido ao Estado inteiro”, adiantou.
Para ele, o Governo precisa estruturar melhor a saúde, contratando mais leitos em hospitais particulares, encontrando um meio termo para salvar vidas sem matar a economia. Quanto aos municípios, o parlamentar afirmou que as prefeituras devem criar um protocolo para tratar os pacientes no início da doença, disponibilizando exames para testar a população.
“Cumprindo o protocolo de ministrar a medicação no início dos sintomas, o risco de precisar de leitos de UTI será muito menor. E o governador precisa atender a população, tomando as medidas de segurança para impedir o aumento do número de pessoas contagiadas”, finalizou.