Uma base militar dos Estados Unidos no aeródromo de Manda Bay, no Quênia, foi atacada pela organização terrorista Al-Shabab neste domingo (5). O ataque foi confirmado pelo Comando dos Estados Unidos para a África (AFRICOM).
De acordo com comunicado do comando americano, até agora foram registrados apenas danos à infraestrutura e equipamentos, incluindo carros, aeronaves e tanques de combustível.
Não há informações sobre vítimas entre os soldados da base, mas ao menos quatro terroristas teriam morrido, segundo a Reuters. Também segundo a agência, o ataque começou antes do amanhecer, durou cerca de 4 horas e menos de 150 funcionários dos Estados Unidos estavam na base no momento.
“Al-Shabab é uma organização terrorista brutal”, disse William Gayler, major-general do exército dos EUA.
“É um afiliado da Al-Qaeda que procura estabelecer um território islâmico autogovernado no leste da África, remover a influência e os ideais ocidentais da região e promover sua agenda jihadista. A presença dos EUA na África é extremamente importante para os esforços de combate ao terrorismo”, completou.
O comunicado da AFRICOM aponta que “o campo de pouso está limpo e ainda está em processo de ser totalmente seguro”.
O grupo terrorista afirmou que 17 norte-americanos e 9 quenianos morreram no ataque, mas as Forças Armadas americanas não confirmaram a informação, e acusam o grupo de divulgar dados falsos e exagerados sobre o que ocorreu.
Embora tenha acontecido dias após o ataque dos EUA que matou o general iraniano Qassem Soleimani, no Iraque, o atentado no Quênia não deve ter relação com o anterior por se tratarem de organizações diferentes e, aparentemente, sem ligações.
À Associated Press, um porta-voz do Al-Shabab negou qualquer relação entre os ataques.