O deputado federal Coronel Chrisóstomo e o deputado estadual Eyder Brasil, ambos do PSL começam a ser julgados hoje na Ação de Investigação Judicial Eleitoral movida pela Procuradoria Eleitoral pelo crime de fraude eleitoral, e podem ter seus mandatos cassados. Os dois foram eleitos na eleição de 2018.
A Procuradoria Regional Eleitoral já se manifestou pela procedência da ação, por reconhecer caracterização de fraude, na cota de gênero, também conhecida como candidaturas laranjas. A ação pode levar também à inelegibilidade das candidatas que fazem parte da denúncia feita pelo candidato Pastor Valadares (PSC).
A Procuradoria Eleitoral defende que não há como o partido não sabia da não-filiação de uma das candidatas ao tempo do registro das candidaturas e pediu a condenação de todos os envolvidos. Se isso acontecer, os votos serão anulados e uma ligeira mudança acontecerá nas cadeiras da Assembleia Legislativa.
A investigação eleitoral comprovou que as “candidatas laranjas” Andreia de Souza, Dirce Aparecida da Silva, Francisca Gomes Martins, Maria da Penha de Souza, Maria Madalena Orlando dos Santos e Solange Ramos dos Santos foram cooptadas pelo dirigente partidário Samir Damião Almeida Albuquerque.
A evidência de fraude é algo que chama a atenção nos autos. Uma das ´laranjas´ disse que se fosse eleita trabalharia na Câmara Municipal (ao invés da Assembleia Legislativa), não sabendo sequer o local onde iria trabalhar, e outra disse em depoimento à Justiça Eleitoral que nem participou das convenções partidárias.
Outro que corre o risco de perder o mandato por candidaturas laranjas é Anderson do Singeperon (coligação PROS/PHS), mas a ação só deve ser julgada em 2020.
