A Polícia Civil de Mato Grosso revelou detalhes perturbadores sobre o caso de triplo homicídio cometido por um adolescente de 14 anos no Rio de Janeiro. De acordo com as investigações, a menina de 15 anos, moradora de Água Boa (730 km a leste de Cuiabá), incentivou o namorado virtual a matar a própria família. Em conversas recuperadas pela polícia, a jovem instruiu o adolescente a matar o pai e, posteriormente, a mãe. O crime, que ocorreu no dia 24 de junho, resultou nas mortes de Antônio Carlos Teixeira, 45, Inaila Teixeira, 37, e o irmão de 3 anos, Antônio Teixeira.
Conversa perturbadora
As mensagens entre os dois menores foram encontradas após a apreensão do computador da menina, e os diálogos são extremamente chocantes. O delegado Matheus Soares, responsável pela investigação, relatou que as conversas entre a jovem e o namorado mostraram a frieza com que ambos discutiam a morte dos pais e o plano para se desfazer dos corpos.
“Ela foi uma grande incentivadora. Identificamos conversas que assustam qualquer pessoa. A frieza com que eles falavam sobre o crime, sobre como iriam se livrar dos corpos, chama muita atenção”, disse Soares.
No dia em que o crime foi cometido, o adolescente estava conversando com a jovem. Após matar o pai a tiros, ele enviou uma mensagem para a menina, que então respondeu com frieza: “Agora atira nela” – referindo-se à mãe do garoto. Para o delegado, não há dúvida de que a menina teve uma participação ativa no crime. “Ficou claro que ela foi uma instigadora direta da tragédia”, afirmou Soares.
Plano para os pais da menina
Após cometer o triplo homicídio, o menor revelou à jovem que, uma vez em Mato Grosso, o plano era matar os pais dela também, para que pudessem viver juntos, sem as interferências familiares. A menina expressou orgulho do namorado por ter cometido o crime, dizendo que “nunca pensou que alguém faria isso por ela”.
Relacionamento virtual e a motivação do crime
O casal se conheceu há seis anos, quando tinham apenas 9 anos, por meio de jogos online. A relação deles se manteve exclusivamente virtual até o momento do crime, com ambos cultivando o desejo de ficar juntos. De acordo com a polícia, o relacionamento virtual foi alimentado por trocas de mensagens constantes, nas quais o adolescente e a menina expressavam a intenção de estarem juntos, independentemente das barreiras.
O crime foi motivado pela proibição dos pais do adolescente em permitir que ele viajasse para Mato Grosso, a fim de se encontrar com a menina. “Obviamente, por ser um menino de 14 anos e tendo a viagem proibida, isso foi o estopim para o crime”, explicou o delegado.
O crime
O triplo homicídio ocorreu no dia 21 de junho, quando o jovem, após discutir com os pais sobre a viagem, decidiu agir de forma violenta. O adolescente matou os pais a tiros e também matou o irmão mais novo, Antônio, que tinha apenas 3 anos. O crime foi realizado dentro da casa onde a família morava, no Rio de Janeiro.
Após cometer o crime, o menor tentou acessar a conta bancária do pai para sacar dinheiro e financiar sua viagem até Mato Grosso, onde pretendia se encontrar com a menina. Em suas conversas, ele revelou sua intenção de fugir para o estado e viver com a namorada, sem a interferência dos pais.
A descoberta do crime
O crime foi descoberto quando a mãe de Antônio Carlos Teixeira denunciou o desaparecimento de seu filho e da família. A polícia foi chamada para investigar a situação e, durante a apuração, os agentes encontraram vestígios de sangue e um forte odor vindo de uma cisterna no quintal da casa.
Após a inspeção, os policiais encontraram os corpos das vítimas na cisterna, uma cena macabra que confirmava o pior. A princípio, o adolescente tentou esconder os detalhes do crime, mas, após ser interrogado, ele confessou a execução dos homicídios, afirmando que agiu sozinho, com o apoio da jovem.
A participação da menina
A menina, identificada como a namorada do adolescente, foi um fator crucial para a motivação do crime. Durante a investigação, a polícia encontrou mensagens em que ela demonstrava orgulho do namorado por ter cometido o triplo homicídio “só para ficar com ela”.
A menina foi apreendida pela polícia em Água Boa e permanece sob custódia. Ela será encaminhada para um centro de internação, onde aguardará o desdobramento do caso. As autoridades consideram sua participação no crime como grave, uma vez que ela não apenas incentivou o jovem, mas também alimentou suas fantasias de se juntar a ela, independentemente das consequências.
Investigação e consequências
O adolescente, que confessou o crime, segue internado, mas permanece apreendido. Ele está sob a responsabilidade das autoridades do Rio de Janeiro, enquanto a menina está sob a custódia da polícia de Mato Grosso.
O caso tem gerado repercussão pela brutalidade do crime e pela participação ativa da jovem, que incentivou o namorado a matar seus próprios pais. As autoridades destacam que o caso é um alerta sobre os perigos do envolvimento de menores em relacionamentos virtuais e a necessidade de supervisão nas atividades online dos jovens.
O impacto do crime
A comunidade em Água Boa e no Rio de Janeiro está chocada com os detalhes do crime, especialmente devido à extrema violência e à motivação por um “amor proibido”. A polícia, agora, busca entender melhor os laços entre os dois menores e investigar se houve outros sinais de envolvimento em comportamentos violentos antes do homicídio.
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